Amazónia POST

Olá!!! até 18 de Novembro estarei por aqui. Se der vou colocando News e Fotos. Como me disse recentemente (e com razão) um amigo meu "A viagem mais importante que se pode fazer é encontrar amizades pelo caminho". A essas deixo aqui o meu contacto. Kisses & Hugs P.S. Alguns dos textos poderei também por no meu outro blog: http://www.cronicasfm.blogspot.com

Thursday, October 26, 2006

Bolívia Completo (dia 8 a 11)

26 de Outubro (dia 8 - dia de pesadelo)
Está tuo bem por aqui. Apanhei o autocarro para a fronteira com a bolívia, foi a noite toda a viajar.
-Chegar a Guajará-Mirim.
-Saída do autocarro. Um casal de brasileiros muito legais, Carol e Judson perguntaram-me se ia para a fronteira (Oi aí caras, espero que esteja tudo bem com voces!!1). Para dizer a verdade não pensava ir logo para lá mas disse que sim e rachamos o taxi para a fronteira. Foi engraçado a expressão de ambos quando ao perguntarem-me para onde eu ia, eu respondi que não sabia, que ia ao sabor do que ia acontecendo pelo caminho.
-Café da Manhã junto ao Barco da Fronteira
Aí Carol e Judson disseram-me que iam apanhar o aviao para Trinidad. Decidi ir também.
-Ida à polícia Federal para carimbo de saída (alguém devia dizer-lhes que fazia mais sentido ter a repartição junto à fronteira e não a uns compridos quarteirões de distância)
-Voltar ao Barco
-Atravessar o rio Madeira que é muito largo aqui. "Voadeira" para atravessar o rio/fronteira (voadeira é um barquinho pequeno que faz de taxi para atravessar o rio).
-"Oficina de Imigracion" para dar entrada na Bolívia e carimbo!!!
-Taxi tipo Tuc Tuc (mota triciclo de tres lugares) para o aeroporto.
-Chegando lá o aeroporto era uma coberta de madeira com uma torre de controlo em miniatura. e uma barraquinha de madeira que vendia pasteis de queijo óptimos.
A pista era em terra batida.
-La decidi comprar um bilhete de avião para Trinidad e seguir viagem com os meus novos companheiros de viagem.
-Um boliviano pediu-me o $$$ do bilhete e o passaporte, e quando dei por ele tinha desaparecido!!!!!!!
-Fiquei bem aflito até que me disseram que o tipo tinha ido à "oficina de turismo" para emitir o bilhete. Quando estamos fora num ambiente desconhecido tudo parece uma ameaça e as nossas antenas tão sempre alerta. Todos ali me disseram que ele era de confiança, mas só descansei quando ele reapareceu com o bilhete. Claro que o troco que veio era menos, com a justificação do cambio, mas por mil paus nao em ia chatear, e afinal ja tinhao passaporte e o bilhete comigo e fiquei mais descansado... ate ver o avião aterrar. Um teco teco!!!
E eu que em princípio ia ficar só pela fronteira já estava a apanhar um aviao por 12 contos para Trinidad.
Confesso que tomei essa decisão meio acagaçado e sem a certeza se devia mas já tá. Também o fiz porque estava acompanhado pelos meus novos amigos, ao que se juntou um outro o Celso, que estavam a vir para a Bolívia. Sao estudantes de medicina cá na Bolívia e já me deram todas as indicaçoes.
Seguimos em avioes diferentes. Deu para ver a Amazónia (a a devastaçao pelo ar) bonito mas triste. tirei algumas fotos pelo vidro fosco do aviao pelo que nao ficaram nada de especial mas da para ter uma ideia
-Chegada a Trinidad
-A ligeira espera do costume para perceber como era e apanhei uma mototaxi para a cidade.
A mototaxi é apenas uma moto qualquer que passa que ao esticarmos o braço pára e por 3 bolivianos (nome do local do Peso) 0,30 Euros leva-nos para qualquer lado.
E aí fui eu para o centro da cidade com a minha mochilona às costas sentado na traseira duma moto.
Um centro da cidade tem uma praça muito bonita e pacata com um jardim no meio. É uma cidade de casas tipo as que se veem nos filmes do faroeste passados no méxico mas em versão limpa e um pouco mais moderna com casas no máximo com R/C e 1°andar.
-Almoço na esplanada um roubo!! 3 Euros um almoço completo numa esplanada da praça principal da cidade no restaurante "Casona".
-Esperar pelo Judson e Carol
-Net para fazer horas
-e umas voltinhas pela cidade curtas pq a mochila tá chumbo.
A Bolivia para ser franco parece-me muito mais pacato e é definitivamente mais BARATO que o Brasil.
-Chegaram e fui ter com eles ao terminal rodoviário (mototaxi claro!!)

Aí começou a asneira e o pesadelo!!!!!!
-Deveria ser uma viagem de 9 h ate Santa Cruz. Começou mal, o autocarro cheio, "fedendo" e quente. Vá lá que eu estava à janela com ela aberta. Há uns tipos que são os Menonitas que são uns tipos com ar de alemães ou holandeses, que vivem em comunidades fechadas, têm uma lingua diferente, nem alemão nem inglês mas algo por aí, vestidos todos de igual, macacão de ganga camisa às riscas ou aos quadrados e chapeu de palha que "fedem para caramba" porque a religião deles não os deixa tomar banho.
Um desses gajos ia sentado duas cadeiras de distância mas cada vez que se movia cheirava no autocarro todo!!!
-À meia noite e ao fim de 4 horas de autocarro paramos num bloqueio de estrada dos sem terra a protestarem contra o governo e não passava ninguém. Ficamos 2 horas aí parados.
Ao fim de duas horas fui com uma senhora já coma lguma idade, cooperante espanhola, falar com os protestantes para saber quais as previsões de passagem. Ninguem passava até o ministro voltar!!! que estava previsto para o meio dia do dia seguinte. Sim, tá-se mesmo a ver, devia chegar mesmo!!! Assim decidi abandonar os meus amigos brasileiros que seguiam para Santa Cruz e voltei para trás com a Espanhola. O problema era a viagem de 250 km para trás. Lá arranjámos um tipo que tinha um carro que por 150 Bolivianos (a moeda local) + ou - 15 Euros nos levava até metade do caminho. E lá fomos 2,5 horas para fazer 130 Km. O carro era surreal. Não tinha metade dos vidros. Vá lá que tinha o da frente. Tinha o volante na esquerda mas os mostradores no lugar do pendura, coisa que não fazia muita mossa porque nem o conta quilómetros, nem o mostrador da gasolina nem qualquer outro funcionavam. Para ajudar ia pondo uma cassete de musica marada que quase parecia marroquina em que cada vez que chegava ao fim voltava a por do início. Fiquei com a sensação que era sempre a mesma musica, em ambos os lados da cassete. A agravar ainda tinha que ir acordando o tipo porque volta e meia o carro começava a fugir para um dos lados. Vá lá que fomos o único veiculo na estrada ao longo de todo o percurso. O maximo que podia acontecer era sair da estrada que aquela velocidade lenta não faria grande mossa!
-Chegamos ao fim do taxi: San Pablo às 3 da manhã, escuro que nem breu. Faltavam só 120 km!! Mas não havia vivalma e o autocarro só passava às 5 da manhã. Resultado dormir ao relento duas horas nas tábuas da paragem de autocarro. A única coisa que se via era uma mini van que mais parecia abandonada tal era os estado de ferrugem e degradação.
-Tentar em vão dormi ressas duas horas. Se dormi 20 min foi muito!!


27 de Outubro (dia 9 - continuação do pesadelo)

-5 da manhã comecei a ouvir um barulho de um veículo a funcionar e qual foi o meu espanto quando vi a minivan moribunda a trabalhar!!!... e para mal dos nossos pecados percebi que era aí que iriamos fazer os restantes 120 km.
Ela arrastava-se num estortor contínuo que quando passava dos 50 km/h parecia que se ia desfazer. Quando pensava que não podia ser pior começou a para de km em km para carregar bidons de leite que os fazendeiros vão deixando à beira da estrada. só parou quando não cabiam nem mais pessoas nem mais bidons!!! Até no telhado da caminheta iam os bidons!! E quando o carro parava para além do cheiro entrava uma nuvem de mosquitos!!! Ai a Malária!!!!! escusado será dizer que me banhei em repelente... RESULTA!!!!! (de qq forma soube depois que o mosquito das doenças não era daqueles). Quando faltavam 80 km para chegar a Trinidad e já não cabia mais nada na van e a caminheta poderia começar a andar mais rápido pois já não pararíamos mais, começou uma estrada de tal forma esburacada que íamos quase parados.
-Entrar em Trinidad
-Arranjar Hotel - limpo mas velhinho
-Banho de três horas
-Almoçar às onze com uma fome de 17h
-Dormir um pouco.
-à tarde passear a conhecer Trinidad e arredores
Lembrei-me que levava o incumbimento de investigar quais os medicamentos e plantas os médicos naturistas da amazónia usam para tratar pessoas com Diabetes por isso fui a uma loja naturista perguntar por isso. A dona disse-me que um dos melhores senão o melhor naturista da bolívia vivia em Trinidad, ligou-lhe e combinou encontro comigo. Ele foi ter à loja e levou-me a casa dele onde me apanhou uma série de plantas que ele usa para fazer os seus medicamentos para a Diabetes, dizendo até que não só trata mas cura em mais ou menos 4 meses. Trago as plantas comigo com a respectiva identificação popular e científica para entregar ao meu médico que terá os recursos para investigar o assunto.
-Voltei para a cidade de mototaxi, aproveitei para dar uma volta na cidade e arredores (de mototaxi tb)
-Jantar qq coisa rápida
-Cama às sete da noite (estava rebentado depois de uma noite em claro)

28 de Outubro (dia 10)

-Dormir até tarde
-Desayuno
-mototaxi para dar umas voltas a tirar fotos
-Ir a casa do médico naturista almoçar com a família. É um velhote muito simpático que vivia com um filho e uma filha ambos casados.
A seguir levou-me a dar uma volta pelos arredores rurais de Trinidad para tirar umas fotos.
Engraçado mas nada de mais. A zona rural não tem nada de assim tão giro
Na volta convidei-o e à família para jantar num restaurante na cidade. E como pessoa honrada que me pareceu ser uma nota comum em todo o povo de trinidad aceitou mas arranjou uma desculpa para a família não ir por achar que seria caro demais para eu pagar. De qq forma nem 10 euros custou um bom jantar para duas pessoas.
Se ele soubesse o que pagamos em Lx por uma pessoa teria trazido não só os filhos mas tb os primos tios e amigos.
Depois de jantar fiquei pela cidade a escrever o meu diário numa esplanada e a observar a vida desta cidade à noite: É uma cidade ultra segura!! Não existe qq tipo de insegurança. A praça central está sempre cheia de pessoasd até à meia noite com famílias inteiras, e até mesmo crianças e adolescentes a brincarem por aí com um fluxo de motos constante. Andei sempre com a minha máquina à vista e nunca senti qq insegurança.
Depois de estar um tempo a actualizar o meu diário de viagem na esplanada virada para a praça fui dormir

29 de Outubro (dia 11) - Regresso ao Brasil

-Acordar
-Desayuno
-Mototaxi para o aeroporto (0,60 Euros)
-Check in
-A mesma avioneta
-1 hora sobre a selva
-Aterrar em Guayaramirim
-Mototaxi para a froteira para carimbar a saída e apanhar o barco. Surpresa!!! A imigração estava fechada!!! borrifei vou sair mesmo sem o carimbo. Não ia ficar aí à espera do dia seguinte.
-Barco para atravessar o rio e fronteira.
-Chegada ao Brasil e Polícia Federal. Surpersa!!!!! Tenho que voltar para trás. Não me dão entrada sem o carimbo de saída. Irredutíveis esses gajos!!
-Barco de volta à Bolívia
-Mototaxi para procurar os funcionários da imigração.
-Uma hora de procura e fiquei a conhecer todos os funcioários da "imigracion" eles e suas respectivas casas até que um deles resolveu ir à "imigracion" para me dar o carimbo depois de eu dizer que ia perder o meu avião à noite (era treta mas fio eficaz).
-Carimbo
-Barco
-Polícia Federal (agora com o carimbo de entrada)
-taxi para rodoviária (com isto tudo perdi o autocarro) eram cinco da tarde e o próximo saía à uma da manhã numa cidade em que não há nada para fazer e em que estava tudo fechado)
-Entretanto descobri que há taxis para fazer esse percurso de 330 km e que ficam à espera de ter quatro passageiros e quando estão cheios partem e o preço é pouco mais que os autocarros com a vantagem de demorar apenas 3h em vez das 6 do autocarro. E aí fui eu.
No meu taxi ia um economista da velha guarda de Porto Velho, pareceu-me da conversa que a outra passageira era deputada e que a outra definitivamnete uma estudante universitária.
Chegada às 22h
-Mesmo hotel "Tia Carmen" baratinho baratinho!!
O Economista, Dr. francisco Pordeu, simpaticamente ofereceu-se para me fazer um tour pela cidade no dia seguinte.
E dormir cedo que viajar assim estoira qq um!!




Aqui tou sem telemovel, nao funciona mas disseram-me que as chamadas internacionais sao quase à borla. Vou fazer uns telefonemas para matar saudades!!

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