Tuesday, October 31, 2006
Porto Velho again (dias 11 a 14)
30 de Outubro (dia 12)
Acordar,
Voltamos ao Café da Manha depois de deixar o desayuno lá longe.
O meu novo amigo da viagem de Taxi partilhado de Guajará mirim até porto velho: Francisco Pordeus, veio-me buscar de manhã para dar comigo uma volta por Porto Velho. Andamos pela cidade mostrando-me uma série de edifícios, almoçamos na lanchonete dum amigo dele que tinha uma comida fantástica.
Simpaticamente ofereceu-me um livro de um escritor de Porto Velho sobre a sua vida na Rondónia e levou-me para o conhecer, só que ele mão estava, estava a fazer uma viagem no rio escrevendo um novo livro.
À tarde fui à universidade, que tem um curso de turismo, para o coordenador me dar infornações sobre Porto velho e arredores e o que fazer.
Após uma longa conversa com a equipa deles, um aluno o Milton, ficou encarregue de me mostrar Porto Velho com o objectivo de me dar informação e levar a locais para eu ter fotos que permitam escrever um artigo sobre Porto Velho, para publicar nas revistas de viagens de Portugal.
Levamos a tarde toda a passear por porto Velho e arredores com uma lição de história. O Milton sabia tudo sobre Porto Velho.
-Net no fim da tarde.
-Jantar
-No restaurante encontrei com os seus novos colegas o Adair, que tinha vindo de Manaus no mesmo voo que eu. Fiquei no Chopp com eles até ir dormir.
31 de Outubro (dia 13)
Acordar 7 e sair de carro para Sul e ir visitar alguns pontos turisticos:
-Turismo Rural, umas fazendas fantásticas para fazer umas férias. Ofereceram-nos almoço numa delas. Uma comidinha bem saborosa.
-Visitar umas roças dos colonos que estão a desmatar a selva
-Fazer um percurso nuns trilhos da selva de duas horas
-Visitar uma área inundada por uma hidroelectrica que destruiu milhares de hectares de selva virgem
-Voltar ao fim do dia
-Vou jantar agora dormir cedo e amanhã vou acordar cedo para ir a um parque ecológico ver os animais recuperados do tráfico de animais e que estão a ser tratados para serem devolvidos à selva.
Parece que sempre vou conseguir ir viver uns dias numa reserva índia. finalmente já falei por telefone com o Ernesto que vai viver para lá oito meses. Eu vou apoenas por uns dias mas farei a subida do rio com ele. Aí é que vou estar provavelmente incontactável. Vão ser 4 dias de subida do Rio Negro de barco até Santa Isabel e depois 300 km de canoa ou lancha. O primeiro caso serão 3 dias o segundo 10h. A ver o que vai dar.
Kisses and Hugs
1 de Novembro (dia 14) A completar
Manhã - Ida ao Parque Ecológico tirar umas fotos de animais selvagens em recuperação para integração na selva
Tarde-Fazer Backup fotos para limpar máquina para a próxima etapa. Demorou eternidades mas consegui
Noite- Jantar de despedida com o pessoal que conheci lá, nomeadamente o Adair e colegas dele. Foi o cara com quem eu tinha partilhados os taxis na chegada a Porto Velho.
Meia Noite - Fui a um grupo em Porto Velho que usam Aiuasca (não sei se é assim que se escreve) é uma planta alucinogénica dos indios mas não alucinei nada. Nem sempre bate.
E dormir.
2 de Novembro (dia 15) A completar
fazer malas (outra vez!!!)
Avião Manaus
Hotel Manaus
Aqui na net
E Dormir Cedo
Amanhã dia 3 parto para Santa Isabel. 4 dias de Barco. Só estarei contactável eventualmente na Terça feira. Aí é que saberei se regresso ou continuo a subir mais 300 km até à reserva india do Pico da Neblina.
Kisses & Hugs
Thursday, October 26, 2006
Bolívia Completo (dia 8 a 11)
26 de Outubro (dia 8 - dia de pesadelo)
Está tuo bem por aqui. Apanhei o autocarro para a fronteira com a bolívia, foi a noite toda a viajar.
-Chegar a Guajará-Mirim.
-Saída do autocarro. Um casal de brasileiros muito legais, Carol e Judson perguntaram-me se ia para a fronteira (Oi aí caras, espero que esteja tudo bem com voces!!1). Para dizer a verdade não pensava ir logo para lá mas disse que sim e rachamos o taxi para a fronteira. Foi engraçado a expressão de ambos quando ao perguntarem-me para onde eu ia, eu respondi que não sabia, que ia ao sabor do que ia acontecendo pelo caminho.
-Café da Manhã junto ao Barco da Fronteira
Aí Carol e Judson disseram-me que iam apanhar o aviao para Trinidad. Decidi ir também.
-Ida à polícia Federal para carimbo de saída (alguém devia dizer-lhes que fazia mais sentido ter a repartição junto à fronteira e não a uns compridos quarteirões de distância)
-Voltar ao Barco
-Atravessar o rio Madeira que é muito largo aqui. "Voadeira" para atravessar o rio/fronteira (voadeira é um barquinho pequeno que faz de taxi para atravessar o rio).
-"Oficina de Imigracion" para dar entrada na Bolívia e carimbo!!!
-Taxi tipo Tuc Tuc (mota triciclo de tres lugares) para o aeroporto.
-Chegando lá o aeroporto era uma coberta de madeira com uma torre de controlo em miniatura. e uma barraquinha de madeira que vendia pasteis de queijo óptimos.
A pista era em terra batida.
-La decidi comprar um bilhete de avião para Trinidad e seguir viagem com os meus novos companheiros de viagem.
-Um boliviano pediu-me o $$$ do bilhete e o passaporte, e quando dei por ele tinha desaparecido!!!!!!!
-Fiquei bem aflito até que me disseram que o tipo tinha ido à "oficina de turismo" para emitir o bilhete. Quando estamos fora num ambiente desconhecido tudo parece uma ameaça e as nossas antenas tão sempre alerta. Todos ali me disseram que ele era de confiança, mas só descansei quando ele reapareceu com o bilhete. Claro que o troco que veio era menos, com a justificação do cambio, mas por mil paus nao em ia chatear, e afinal ja tinhao passaporte e o bilhete comigo e fiquei mais descansado... ate ver o avião aterrar. Um teco teco!!!
E eu que em princípio ia ficar só pela fronteira já estava a apanhar um aviao por 12 contos para Trinidad.
Confesso que tomei essa decisão meio acagaçado e sem a certeza se devia mas já tá. Também o fiz porque estava acompanhado pelos meus novos amigos, ao que se juntou um outro o Celso, que estavam a vir para a Bolívia. Sao estudantes de medicina cá na Bolívia e já me deram todas as indicaçoes.
Seguimos em avioes diferentes. Deu para ver a Amazónia (a a devastaçao pelo ar) bonito mas triste. tirei algumas fotos pelo vidro fosco do aviao pelo que nao ficaram nada de especial mas da para ter uma ideia
-Chegada a Trinidad
-A ligeira espera do costume para perceber como era e apanhei uma mototaxi para a cidade.
A mototaxi é apenas uma moto qualquer que passa que ao esticarmos o braço pára e por 3 bolivianos (nome do local do Peso) 0,30 Euros leva-nos para qualquer lado.
E aí fui eu para o centro da cidade com a minha mochilona às costas sentado na traseira duma moto.
Um centro da cidade tem uma praça muito bonita e pacata com um jardim no meio. É uma cidade de casas tipo as que se veem nos filmes do faroeste passados no méxico mas em versão limpa e um pouco mais moderna com casas no máximo com R/C e 1°andar.
-Almoço na esplanada um roubo!! 3 Euros um almoço completo numa esplanada da praça principal da cidade no restaurante "Casona".
-Esperar pelo Judson e Carol
-Net para fazer horas
-e umas voltinhas pela cidade curtas pq a mochila tá chumbo.
A Bolivia para ser franco parece-me muito mais pacato e é definitivamente mais BARATO que o Brasil.
-Chegaram e fui ter com eles ao terminal rodoviário (mototaxi claro!!)
Aí começou a asneira e o pesadelo!!!!!!
-Deveria ser uma viagem de 9 h ate Santa Cruz. Começou mal, o autocarro cheio, "fedendo" e quente. Vá lá que eu estava à janela com ela aberta. Há uns tipos que são os Menonitas que são uns tipos com ar de alemães ou holandeses, que vivem em comunidades fechadas, têm uma lingua diferente, nem alemão nem inglês mas algo por aí, vestidos todos de igual, macacão de ganga camisa às riscas ou aos quadrados e chapeu de palha que "fedem para caramba" porque a religião deles não os deixa tomar banho.
Um desses gajos ia sentado duas cadeiras de distância mas cada vez que se movia cheirava no autocarro todo!!!
-À meia noite e ao fim de 4 horas de autocarro paramos num bloqueio de estrada dos sem terra a protestarem contra o governo e não passava ninguém. Ficamos 2 horas aí parados.
Ao fim de duas horas fui com uma senhora já coma lguma idade, cooperante espanhola, falar com os protestantes para saber quais as previsões de passagem. Ninguem passava até o ministro voltar!!! que estava previsto para o meio dia do dia seguinte. Sim, tá-se mesmo a ver, devia chegar mesmo!!! Assim decidi abandonar os meus amigos brasileiros que seguiam para Santa Cruz e voltei para trás com a Espanhola. O problema era a viagem de 250 km para trás. Lá arranjámos um tipo que tinha um carro que por 150 Bolivianos (a moeda local) + ou - 15 Euros nos levava até metade do caminho. E lá fomos 2,5 horas para fazer 130 Km. O carro era surreal. Não tinha metade dos vidros. Vá lá que tinha o da frente. Tinha o volante na esquerda mas os mostradores no lugar do pendura, coisa que não fazia muita mossa porque nem o conta quilómetros, nem o mostrador da gasolina nem qualquer outro funcionavam. Para ajudar ia pondo uma cassete de musica marada que quase parecia marroquina em que cada vez que chegava ao fim voltava a por do início. Fiquei com a sensação que era sempre a mesma musica, em ambos os lados da cassete. A agravar ainda tinha que ir acordando o tipo porque volta e meia o carro começava a fugir para um dos lados. Vá lá que fomos o único veiculo na estrada ao longo de todo o percurso. O maximo que podia acontecer era sair da estrada que aquela velocidade lenta não faria grande mossa!
-Chegamos ao fim do taxi: San Pablo às 3 da manhã, escuro que nem breu. Faltavam só 120 km!! Mas não havia vivalma e o autocarro só passava às 5 da manhã. Resultado dormir ao relento duas horas nas tábuas da paragem de autocarro. A única coisa que se via era uma mini van que mais parecia abandonada tal era os estado de ferrugem e degradação.
-Tentar em vão dormi ressas duas horas. Se dormi 20 min foi muito!!
27 de Outubro (dia 9 - continuação do pesadelo)
-5 da manhã comecei a ouvir um barulho de um veículo a funcionar e qual foi o meu espanto quando vi a minivan moribunda a trabalhar!!!... e para mal dos nossos pecados percebi que era aí que iriamos fazer os restantes 120 km.
Ela arrastava-se num estortor contínuo que quando passava dos 50 km/h parecia que se ia desfazer. Quando pensava que não podia ser pior começou a para de km em km para carregar bidons de leite que os fazendeiros vão deixando à beira da estrada. só parou quando não cabiam nem mais pessoas nem mais bidons!!! Até no telhado da caminheta iam os bidons!! E quando o carro parava para além do cheiro entrava uma nuvem de mosquitos!!! Ai a Malária!!!!! escusado será dizer que me banhei em repelente... RESULTA!!!!! (de qq forma soube depois que o mosquito das doenças não era daqueles). Quando faltavam 80 km para chegar a Trinidad e já não cabia mais nada na van e a caminheta poderia começar a andar mais rápido pois já não pararíamos mais, começou uma estrada de tal forma esburacada que íamos quase parados.
-Entrar em Trinidad
-Arranjar Hotel - limpo mas velhinho
-Banho de três horas
-Almoçar às onze com uma fome de 17h
-Dormir um pouco.
-à tarde passear a conhecer Trinidad e arredores
Lembrei-me que levava o incumbimento de investigar quais os medicamentos e plantas os médicos naturistas da amazónia usam para tratar pessoas com Diabetes por isso fui a uma loja naturista perguntar por isso. A dona disse-me que um dos melhores senão o melhor naturista da bolívia vivia em Trinidad, ligou-lhe e combinou encontro comigo. Ele foi ter à loja e levou-me a casa dele onde me apanhou uma série de plantas que ele usa para fazer os seus medicamentos para a Diabetes, dizendo até que não só trata mas cura em mais ou menos 4 meses. Trago as plantas comigo com a respectiva identificação popular e científica para entregar ao meu médico que terá os recursos para investigar o assunto.
-Voltei para a cidade de mototaxi, aproveitei para dar uma volta na cidade e arredores (de mototaxi tb)
-Jantar qq coisa rápida
-Cama às sete da noite (estava rebentado depois de uma noite em claro)
28 de Outubro (dia 10)
-Dormir até tarde
-Desayuno
-mototaxi para dar umas voltas a tirar fotos
-Ir a casa do médico naturista almoçar com a família. É um velhote muito simpático que vivia com um filho e uma filha ambos casados.
A seguir levou-me a dar uma volta pelos arredores rurais de Trinidad para tirar umas fotos.
Engraçado mas nada de mais. A zona rural não tem nada de assim tão giro
Na volta convidei-o e à família para jantar num restaurante na cidade. E como pessoa honrada que me pareceu ser uma nota comum em todo o povo de trinidad aceitou mas arranjou uma desculpa para a família não ir por achar que seria caro demais para eu pagar. De qq forma nem 10 euros custou um bom jantar para duas pessoas.
Se ele soubesse o que pagamos em Lx por uma pessoa teria trazido não só os filhos mas tb os primos tios e amigos.
Depois de jantar fiquei pela cidade a escrever o meu diário numa esplanada e a observar a vida desta cidade à noite: É uma cidade ultra segura!! Não existe qq tipo de insegurança. A praça central está sempre cheia de pessoasd até à meia noite com famílias inteiras, e até mesmo crianças e adolescentes a brincarem por aí com um fluxo de motos constante. Andei sempre com a minha máquina à vista e nunca senti qq insegurança.
Depois de estar um tempo a actualizar o meu diário de viagem na esplanada virada para a praça fui dormir
29 de Outubro (dia 11) - Regresso ao Brasil
-Acordar
-Desayuno
-Mototaxi para o aeroporto (0,60 Euros)
-Check in
-A mesma avioneta
-1 hora sobre a selva
-Aterrar em Guayaramirim
-Mototaxi para a froteira para carimbar a saída e apanhar o barco. Surpresa!!! A imigração estava fechada!!! borrifei vou sair mesmo sem o carimbo. Não ia ficar aí à espera do dia seguinte.
-Barco para atravessar o rio e fronteira.
-Chegada ao Brasil e Polícia Federal. Surpersa!!!!! Tenho que voltar para trás. Não me dão entrada sem o carimbo de saída. Irredutíveis esses gajos!!
-Barco de volta à Bolívia
-Mototaxi para procurar os funcionários da imigração.
-Uma hora de procura e fiquei a conhecer todos os funcioários da "imigracion" eles e suas respectivas casas até que um deles resolveu ir à "imigracion" para me dar o carimbo depois de eu dizer que ia perder o meu avião à noite (era treta mas fio eficaz).
-Carimbo
-Barco
-Polícia Federal (agora com o carimbo de entrada)
-taxi para rodoviária (com isto tudo perdi o autocarro) eram cinco da tarde e o próximo saía à uma da manhã numa cidade em que não há nada para fazer e em que estava tudo fechado)
-Entretanto descobri que há taxis para fazer esse percurso de 330 km e que ficam à espera de ter quatro passageiros e quando estão cheios partem e o preço é pouco mais que os autocarros com a vantagem de demorar apenas 3h em vez das 6 do autocarro. E aí fui eu.
No meu taxi ia um economista da velha guarda de Porto Velho, pareceu-me da conversa que a outra passageira era deputada e que a outra definitivamnete uma estudante universitária.
Chegada às 22h
-Mesmo hotel "Tia Carmen" baratinho baratinho!!
O Economista, Dr. francisco Pordeu, simpaticamente ofereceu-se para me fazer um tour pela cidade no dia seguinte.
E dormir cedo que viajar assim estoira qq um!!
Aqui tou sem telemovel, nao funciona mas disseram-me que as chamadas internacionais sao quase à borla. Vou fazer uns telefonemas para matar saudades!!
Porto Velho (dia 5 a 7)
23 de Outubro (dia 5 continuação)
Acabei por ficar a ler até fazer horas para apanhar o avião para Porto Velho às 23:30.
Partilhar um Taxi com uma pessoa que estava no mesmo hotel e ia apanhar o mesmo voo. "Deu prá rachá à côrrida no aeroporto". É um advogado que vai para Porto Velho para montar lá uma empresa. Um tipo às direitas e muito simpático. Ela já tinha um hotel marcado e como eu ainda ia á procura de hotel às duas da manhã (que acabou por ser às 3 pelo atraso do avião) resolvi ir com ele também tentar esse hotel, poupando no taxi outra vez e poupando tempo. Confesso que fiquei de pé atrás porque o hotel era exageradamente barato, 13 Euros por noite!!! Mas chegando lá era uma pensão familiar muito simples mas ultra limpa e as pessoas com boa onda. A casa de banho é do tipo que eu já estou habituado com um chveiro no meio da casa de balho e um ralo no chão. Por um lado é higiénico porque toda a casa de banho é toda lavada cada vez que se toma banho e aqui nó mínimo tem que se tomar uns 4 por dia.
A entrada é feita por um corredor, parte em ceu aberto que liga aos vários quartos. Mais simples era impossível.
24 de Outubro (dia 6 )
Acordei já muito tarde 10h. A vida aqui começa às seis da manhã.
Pequeno almoço na lanchonete colada á entrada do hotel que pertence à dona do hotel. Ela é uma cozinheira de mão cheia. Faz umas empadas de camarão e de Galinha fantásticos
Foi um dia a perceber a cidade. fui às margens do Rio Madeira explorar os barcos que pretendo apanhar para voltar a Manaus. Nessa zona está um museu da Linha Férrea do Madeira Mamoré. Foi uma linha de comboio que foi construída para ligar a um dos pontos mais profundos da amazónia, este, Porto Velho. A sua construção levou uma série de anos e morreram mais de seis mil pessoas na sua construção, não só com a malária mas com a dureza que foi abrir milhares de quilómetros pelo meio da selva virgem. Ironicamente quando terminaram a sua construção já não era tão precisa e em 74 encerraram esta linha férrea.
O museu em si é mais um relato da historia da construção, não tem muito mas é interessante ver a quantidade de locomotivas a vapor que ainda têm lá, fora as que estão abandonadas na selva em zonas que já foram completamente invadidas pela selva.
O resto do dia foi apenas andando pela cidade e arredores. Anda-se prá caramba!!
Aqui chegando às cinco da tarde cai sempre uma chuvada que parece que o ceu vai desabar, depois passa, mas o calor e a humidade a seguir a essas chuvadas são insuportáveis.
Aproveitei o final da tarde para pôr a escrita e a leitura em dia!!!
Dormir cedo e fazer a mala que amanhã deixo o hotel para a Bolívia.
Ah!! tinha-me esquecido de referir. Finalmente tive notícias do Ernesto. Chega amanhã a Manaus fica lá uns dias e depois parte para ir viver com os índios Maku uns dias. Propus-me ir com ele só que neste momento tou a uns dois mil quilómetros de distância. Mas se ele me responder que sim ainda apanho o avião. O meu vôo para aqui custou 70 euros, por esse preço até dá, só que perco a descida do Rio Madeira de Barco que é um dos meus objectivos desta viagem. Logo se vê. O bom destas viagens é viver dia a dia e depois logo se vê.
Dia 25 Outubro (Dia 7)
Acordar
Fazer a mala (À noite sigo Bolívia)
Café da Manhã - Aquelas empadas são uma perdiçao!!!
Perguntar informações para o programa de hoje:
-Ir a uma aldeia - Aldeia de Santo António, onde nasceu Porto Velho
Ir ao Parque ecológico (onde recolhem animais selvagens vítimas de caça furtiva para devolver à selva)
-Ir Guajará-mirim e Bolívia
A caminho da aldeia de Santo António de "ônibus" um senhor já com alguma idade começou simpaticamente a dar-me informações. O nosso destino era o mesmo a aldeia de Santo antónio, eu visitando e ele morando, descemos juntos e convidou-me para tomar uma água em casa dele.
É quase analfabeto mas uma daquelas pessoas que têm o mundo dentro dele. Com uma honradez, uma perspectiva de vida e sobre a vida e com uma sabedoria como acho que não há muitas neste mundo. Acabei por ficar uma série de horas na conversa com ele.
Deu-me uma lição enorme sobre as propriedades medicinais nas ervas daqui. Até os médicos da universidade daqui chaman-no muitas vezes a dar opinião e mandam os alunos aprender com ele as propriedades das ervas. Parece que aqui a medicina e os medicamentos têm uma proximidade com a natureze que a medicina tradicional aí em Portugal não têm.
Deu-me uma série de plantas para trazer, nomeadamente contra a malária (não vá eu precisar). Safa espero que não!!!!
Uma é "Sacaca" e usam aqui o seu chá para curar a malária.
E a outra é "Carrapicho agulha" ou também "Picão" que é usado para desintoxicar e usado também junto com a anterior nos casos de malária
Uma terceira que é administrada com as duas anteriores quando em caso de malária (não troxe esta porque ele não tinha) chama-se "Crajiru" e é para anemia e como ele disse "para dar sangue" é usada também esmagada em pasta para colocar sobre cortes e feridas para sarar mais rápido.
Fiquei a saber também que a casca de laranja serve para ajudar quando se tem problemas grandes de digestão (como eles dizem "arrotando choco") Fazem chá de casca de laranja mais uma outra erva "Carmelitana" e uma pitada de sal.
Dizem que depois de beber isso a pessoa fica logo liberta como ele disse "arrotanto e ventando o mal para fora".
Uma outra chamada de "jatobá" da casca dessa árvore e do fruto também fazem xarope para o catarro.
E esta foi a minha lição de hoje. Mas a maior lição foi tê-lo conhecido. Uma pessoa tão pobre e tão simples mas que "transpirava" rectidão, honradez e sabedoria.
Não há dúvida que a melhor viagem que se pode fazer é conhecer pessoas pelo caminho...
Posso estar a parecer exagerado mas se tivessem estado lá seriam da minha opinião.
Fui logo encontrar por acaso uma das pessoas que sabe mais sobre as ervas curativas da região. Ele trabalha no hospital como ajundante mas quando há juntas médicas e palestras pedem a este senhor, que tem das maiores simplicidades que eu alguma vez conheci, para se reunir com eles.
Fizemos uma boa amizade e fiquei com o endereço dele para continuarmos em contacto.
Acabei por ir à cachoeira lá de Santo António tirar umas fotos. É uma zona de rápidos do rio em que desagua numa zona calma em que fazem pesca. Finalmente tirei uma que fiquei realmente satisfeito!!
Voltei para a cidade de ônibus debaixo de uma chuvada tropical danada.
-Chegar ao hotel
-Banho no balneário comum do hotel (já não tinha quarto)
-Empadas para jantar
-E net agora a escrever isto a fazer tempo para o Ônibus que só sai à uma da manhã para Guajará-Mirim (seis horas de viagem). Tem a vantagem que fazendo a viagem durante a noite poupo no hotel e chego lá ao nascer do sol. Depois tenho que atravessar aí o rio para entrar na Bolívia.
Kisses & Hugs
Monday, October 23, 2006
Manaus (dias 1 a 5)
23 de Outubro (dia 5)
Acordar - Café da Manhã (não sabem o que é Peq Almoço) - Net para escrever isto.
Após quase 3 dias completos em Manaus já começo com o formigueiro de seguir viagem.
Até aqui tem sido apenas perceber o ambiente e entrar no esquema.
Mas começando do início:
19 de Outubro (Dia 1)
Viagem óptima até Fortaleza. Chegada às 19:30 (menos 4 h que Lx).
Ligação para Manaus às 20:30 com chegada às 2 da manha, nada aconselhável para quem vai ainda à procura de hotel. Assim foi dormir no Aeroporto de Fortaleza para apanhar avião às 8:30h. O único senão foram aquelas cadeiras!!!!!!! Não dava para arrajar posição. Fui dormindo às meias horas, era o tempo de começarem a doer as costas na nova posição.
Aproveitei ainda para trabalhar para a FBO, numa coisa que tinha ficado pendente: Lamas (não me perguntem que eu não explico...)
20 de Outubro (Dia 2)
Chegada ao aeroporto 11:30 (menos 5 h que Lx).
Umas voltas no aeroporto para trocar $$$ perceber o esquema (todos os locais têm o seu esquema e manhas próprias, quando se viaja sozinho temos que ter atenção a isso porque estamos vulneráveis a tudo), e perguntar como ir para a cidade: Taxi 50 Reais ou Ônibus local 1,8 Reais: Ônibus é claro!!!
Colou-se logo um guia turistico de biscates que se prontificou a ir aos Hoteis comigo dizendo que teria uma comissão sem me aumentarem o preço do Hotel... Tá-se... Mas deu jeito para me poupar umas voltas!! Mais uma vez trouxe coisas a mais na mochila!! Raio de peso!! Os hoteis que vi no guia e fui primeiro eram um bocado maus, até que ao quarto hotel já se podia ficar. Limpo e fresco no lobby se é que se pode chamar assim e nos quartos mas nos corredores era um autentico forno, um bafo insuportável.
Quarto - Duche (que ao fim de quase 36 horas de viagem soube a fantástico)-e Sair.
Saí para a rua. Dei uma volta pelas ruas de comércio, sujas com pessoas com má onda. Até as crianças parece que já olham para nós como se fossemos potenciais vítimas.
No hotel avisaram-me para não andar com nada à vista e não ir para a zona do porto.
Levar só uns reais no bolso, deixar carteira e máquina fotográfica no hotel e comprar água - Ir ao Porto - Tomar um Chopp gelado nas Docas cá do sítio e voltar ao hotel para dormir às 19:00, um sono de dois dias de atraso.
21 de Outubro (Dia 3)
Acordar às 10:00, 14 horas de sono!!! Fantástico!!
Café da manhã fantástico (Não sabem o que é pequeno almoço).
Ver a cidade pela manhã dá logo outra perspectiva, mais limpa e menos intimidante.
A praça do famoso Teatro de Manaus é encantadore e o Teatro Fantástico, um exemplo perfeito de Arte Nova, da época aurea da Borracha em que Manaus foi a cidade mais rica do Brasil, há mais de 100 anos.
Quase tudo neste teatro foi importado da Europa (Marmores de Itália, Ferros de França, telhas de Portugal etc) e o que não foi importado da Europa, como as madeiras, foi enviado para lá para receber tratamento e voltar.
Impunha-se uma visita ao Teatro que por dentro faz lembrar o São Carlos.
Durante a visita estavam ensaios para um concerto de Bach para 2 e 4 Pianos. Não vou perder isto concerteza que melhor forma de conhecer uma sala de espectáculos do que ir assistir nela uma das minhas peças de música favoritas. Grande Sorte!!!
Almoço vegetariano - Hotel - Net - e Porto desta vez com máquina fotográfica!
Nas Docas fiz umas perguntas a um cara muito simples que lá estava que me foi explicando como funcionavam os barcos. Oferecidas umas cervejas e já tinha um guia para me levar às zonas da baixa, menos seguras de Manaus.
Levou-me ao Porto onde negociei um barco taxi para o dia seguinte 3h por 150 Reais!!! Estou a ser roubado!!!
Mercado Municipal um outro exemplo perfeito de Arte Nova onde encontrei uma "patrícia" que ao fim de tantos anos ainda não tem soteque brasileiro.
Mas à noite é tudo menos aconselhável andar por ali (segundo os do hotel) mas com o meu guia fomos andando por entre bares e tabernas, por isso entramos numa taberna, uma mesmo bera, onde lhe ofereci mais um chopp. Já me estava a convidar para ir à zona dos suburbios onde mora e até ficar com a família e tudo. É o ficas!!! Despedi-me dele agradeci e segui.
Toda a gente anda com sacos de plástico de supermercado na rua, assim um truque para não chamar a atenção é andar com a Maq. fot. num saco de plástico de supermercado (uma sacola) com uma garrafa de água lá dentro bem visível para eliminar todos os riscos de assalto. Ninguém rouba água!!!
Entretanto chegando ao Hotel e Net tinha uma mensagem da pessoa que eu estava à espera, para me dar umas indicações e eventualmente seguir com ele numa viagem de exploração a dizer que perdeu o avião. Boa!! Entretanto no hotel disseram-me para ir antes num passeio organizado no rio que tinha menos riscos e o que me convenceu foi o preço 70 reais (em vez dos 150) agora, 6horas no rio (em vez de 3) e com almoço. Ia mesmo ser roubado!!!
Entretanto neste dia começavam as festas de Manaus chamadas de BoiManaus, no sambodromo, tipo carnaval mas sem máscaras, que entretanto tinha transporte gratuito e um camarote para turistas à borla. Chegado lá foi uma hora para ver como era, tirar fotos e vir embora ao fim de uma hora. A festa ia durar até de manhã mas não era a minha onda e estava ainda cansado. Basicamente no sambódromo vai um carro passando com uma banda em cima e uma multidão imensa atrás a dançar uma coreografia com um ritmo impressionante. Foi giro mas eu tava mesmo sem ritmo.
Ao ir para casa já estava a começar a ficar com um bocado de enfado da selva urbana. Tenho que seguir caminho, mas a tal pessoa não diz nada...
Hotel e dormir!!!
22 de Outubro (Dia 4)
Acordar cedo - café da manhã - e sair para o passeio.
O barco e a organização chamavam-se "Amazónia Explorers" mesmo para turista ver!!
Até chineses lá tinha. Praga!! tão em todo o lado!!!
Mas apesar disso valeu a pena. Foi muito agradável e no rio corre uma brisa que não existe na cidade e a vista do rio dá-nos uma perspectiva diferente da cidade. Coisas a assinalar:
-Manaus vista do rio: Muito diferente, é outra cidade;
-Postos de gasolina flutuantes para barcos (são 70.000 barcos registrados)
-O Amazonas é imenso (chega a ter nalguns sítios 40 km de largura e 100 m de profundidade)
-18km rio abaixo encontram-se os dois afluentes principais o Rio Negro e o Rio Solimões que formam o Amazonas. Eles de águas de cores muito diferentes, Negra e Amarela encontram-se e seguem paralelas sem se misturarem quase 20 km. Isto porque os dois rios têm velocidades, temperaturas e densidades muito diferentes.
-Visita a uma aldeia construída em estacas pq a diferença do nível de água entre verão e inverno é de 9 metros inundando tudo e a canoa fica o único mei de transporte.
-Um passeio numa pequena selva, à medida de turista mas em que a lição de botânica valeu bem a pena.
-Volta para a cidade.
-Hotel
-Concerto (fantástico!!!)
-Jantar no largo do Teatro, cheio de gente com uma animação fantástica.
-Hotel
-Net (sem notícias ainda do meu contacto, Ernesto). Neste caso não é "A importância de ser Ernesto" mas sim "A importância de encontrar Ernesto"
-Entretanto hoje encontrei dois tipos um no passeio de barco, que veio de porto velho e outro no hotel que ia para Porto Velho, é um sinal que tenho que seguir caminho!!!
-Amanhã sigo para Porto Velho!!! Ou vou tentar pelo menos.
Avião para cima e barco para baixo. Ir e vir de barco como estava planeado ia-me tirar muito tempo porque o rio esta muito baixo e leva masi tempo.
23 de Outubro (Dia 5 - Hoje)
-Acordar cedo
-arrumar malas
-deixar quarto
-tratar das viagens
-tratar de fazer backup das fotos em DVD para libertar espaço e Net a actualizar pela primeira vez o meu diário de viagem
-Embarco às 23:50 e o que não me está a agradar é andar à procura de hotel às 2:00 da manhã. Na volta vai ser mais uma noite agradável de cadeiras de aeroporto com a cabeça a cair para o lado e a acordar de meia em meia hora!!! Logo se vê, tenho que ir.
Já agora só para imaginarem o calor que está ´não se houve outra coisa na rua senão os locais a queixarem-se do calor. É um pouco demais!!!
Até à proxima actualização
Kisses & Hugs
(a continuar...)
Tuesday, October 03, 2006
Amazónia POST
Olá!!!
Este é o plano inicial!! Se o vou respeitar logo se vê...
Kisses & Hugs
Se me quiserem contactar por favor "mailar" to: fernando.ms.miranda@gmail.com